terça-feira, 6 de março de 2012

Ai de mim, pelo pecado



Meu Jesus, que atormentado sucumbis, quem vos matou?
Ah! fui eu, foi meu pecado, quem a morte vos causou?


Ai de mim! pelo pecado, sem meu Deus, sem pai fiquei.
Céus, oh! céus que desvairado! Que fiz eu? Quanto pequei!


D'ele o sangue sacrossanto, muitas vêzes derramei.
A mim mesmo causo espanto! Que fiz eu? Quanto pequei?


Meu Jesus, muito vos devo, sempre a todos o direi,
A falar-vos mal me atrevo; Que fiz eu? Quanto pequei?


Que desgraça foi a minha! No pecado que lucrei?
O remorso me espesinha; Que fiz eu? Quanto pequei?


Graves quedas reitirando, a meu Deus crucifiquei.
Ai! horror, crime nefando! Que fiz eu? Quanto pequei?


Virgem, Mãe, a vosso filho, por mim sempre intercedei.
Da atrição, levai-me ao trilho, Que fiz eu? Quanto pequei?



Meu Jesus crucificado


Meu Jesus crucificado, onde estais, quem vos levou?
Meu Jesus, quem tresloucado, com cordões voa amarrou?


Ah! fui eu, foi meu pecado, que tais crimes perpetrou!


Meu Jesus, quem no sagrado Rosto, a mão vos assentou?
Meu Jesus, quem desvairado, lama e cuspo vos lançou?


Ah! fui eu, foi meu pecado, que tais crimes perpetrou!


Meu Jesus, onde o malvado, que de espinhos vos c'roôu?
Meu Jesus, quem do pesado lenho, atroz vos carregou?


Ah! fui eu, foi meu pecado, que tais crimes perpetrou!


Meu Jesus, tão fatigado, quem o peso vos dobrou?
Meu jesus, quem, desgraçado, vossas vestes retirou?


Ah! fui eu, foi meu pecado, que tais crimes perpetrou!